SINDUSCON OUVE PROPOSTAS DOS CANDIDATOS À DEPUTADOS APOIADOS PELOS PARTIDOS LOCAIS
O Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande promoveu, a partir do dia 21 de setembro, em sua sede, uma série de reuniões com os candidatos dos partidos locais à deputação estadual e federal. Os encontros foram agendados com as lideranças partidárias e, nessas ocasiões, o presidente Airton Viñas procurava saber os projetos para Rio Grande e região, especialmente voltados para a infraestrutura, área tecnológica e para o incremento da construção civil. As reuniões foram abertas aos associados e tiveram a participação da presidente do núcleo local do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Liane Friederich. O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e a Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio Grande (SEARG) também foram convidados a participar.
Cada candidato teve 60 minutos para se pronunciar e as reuniões foram transmitidas ao vivo nas redes sociais pela rádio Tamandaré. Também foi feita uma resenha dos pronunciamentos para serem apresentados aos associados.
Janir Branco: “Me preparei para ser deputado estadual”
Janir Branco, candidato à Assembleia Legislativa pelo MDB, falou da experiência adquirida ao ocupar cargos importantes, como deputado estadual, prefeito do Rio Grande e superintendente do Porto. “O deputado estadual tem a possibilidade de tornar a Assembleia Legislativa protagonista no desenvolvimento econômico, alicerçado no desenvolvimento ambiental e é muito importante termos um parlamentar com vínculo à nossa cidade e região”, observou Janir. Ele disse que quer ser parceiro do Sinduscon, do IAB e da comunidade. Citou que o prefeito Fábio Branco “vem trabalhando forte em questões fundamentais e precisa de aliados na Câmara dos Deputados e na Assembleia. Temos de buscar emendas parlamentares para investimentos estruturantes na cidade e região”.
Lembrou que teve vínculo com a Secretaria Estadual de Logística e Transporte: “Sei da importância da duplicação da ERS-734 e como deputado lutarei para garantir a obra, bem como para investimentos no porto do Rio Grande. Nosso Distrito Industrial é um instrumento de desenvolvimento ainda pouco utilizado. Temos de mostrar para os empreendedores. Com a atualização do Plano Diretor, o D.I. pode ser um atrativo de novos empreendimentos. Precisamos dar incentivos quanto ao valor do hectare e o deputado estadual poderá ajudar muito”.
O candidato emedebista prosseguiu: “Hoje, mesmo com 156 mil eleitores, não temos um deputado, nem federal, nem estadual. Estamos carentes de representatividade política e pretendemos usar nossa experiência de 30 anos de atuação política para trabalhar pelas coisas daqui, encaminhar nossas demandas. Nossa eleição passa pela aprovação do cidadão rio-grandino e também da região. Dialoguei muito com a Comissão de Infraestrutura da FIERGS sobre a dragagem no porto e quero levar as pautas deles e do Sinduscon para serem tratadas como prioritárias”.
Janir Branco comentou, ainda, que “hoje Rio Grande tem enormes desafios, como o desejo de criarem um porto no litoral norte do estado. Temos de somar esforços para nosso porto ter mais investimentos, calado mais operacional. O assoreamento é um problema antigo e temos de garantir recursos para a dragagem, que é uma obra estruturante. A economia da cidade e região está calcada no desenvolvimento do porto e este será um dos meus compromissos, bem como manter o diálogo com a FIERGS e o Sinduscon”.
Ao finalizar sua explanação, Janir afirmou que, como deputado, “irei ao encontro das entidades e estarei sempre presente no município e na região. Quero chegar na tribuna da Assembleia com mais conhecimento de causa e vamos fortalecer as oportunidades de trabalho com a experiência que adquiri na vida pública. Também importante dizer que não me enxergo como a solução do problema, mas quero ser parte da solução. Me preparei para ser deputado estadual e é preciso que a população faça uma avaliação para eleger pessoas de Rio Grande”.
Sandro Boka: “Se não elegermos deputado ficaremos mais quatro anos nos lamentando”.
O candidato à Câmara dos Deputados pelo MDB, Sandro Boka, iniciou sua fala observando que a miséria também está presente em bairros da cidade por onde tem andado. “Nos deparamos com pais de família sem dinheiro para comprar leite para seus filhinhos no dia seguinte. Eu sabia da crise, mas confesso que não tinha noção do tamanho dela. Precisamos gerar empregos, focar na infraestrutura e a construção civil será importante para a geração dos empregos. Como secretário do Cassino vejo que nosso balneário é uma ilha perto da cidade. Por isso, vamos trabalhar também para que as coisas aconteçam em Rio Grande. Preocupa vermos, no final das tardes no Calçadão, que antes era um fervo, hoje uma depressão. O centro de Rio Grande está estagnado e traduz muito a realidade que estamos vivendo. Nas visitas que faço nos bairros procuro fazer com que as pessoas reflitam sobre o porquê dessa situação. Fazem 12 anos que não temos representante em Brasília, dependendo da boa vontade de deputados de outras cidades, de outras regiões. É inadmissível que Rio Grande, com 156 mil eleitores, não tenha representante daqui, que possa lutar por nós nas 24 horas do dia e lá em Brasília é onde estão as grandes decisões. A vinda de grandes empreendimentos e de mais recursos para cá tem de ser buscados lá e o deputado tem uma grande força que são as emendas impositivas. Estima-se que este ano cada deputado federal teve mais de R$ 60 milhões em emendas impositivas para colocar aonde ele quiser. Se fizermos uma média por baixo, de R$ 30 milhões/ano, nesses 12 anos sem deputado federal deixamos de receber R$ 360 milhões que poderiam ter vindo para Rio Grande. Quantos empregos geraríamos? Essa reflexão temos de fazer”.
Boka também comentou: “Me sinto experiente e com bagagem acumulada nesses anos e posso fazer a diferença. Gostaria que as pessoas confiassem em mim, porque se não elegermos deputado federal ficaremos mais quatro anos nos lamentando e sofrendo, pois a tendência é das coisas piorarem”. A Santa Casa, se não tiver aporte financeiro, corre o risco de fechar. Imagina o caos. O melhor é eleger alguém que possa e tenha condições de lutar por nós. Se tivéssemos deputado, duvido que não teria acontecido a duplicação do lote 4 da BR-392. A duplicação da BR-116 está em passo de tartaruga. Para defender a termelétrica no município eu acamparia frente a sede da Aneel até sair o resultado, mas hoje de Porto Alegre para baixo são apenas dois deputados federais”.
Sandro Boka também entende que “o porto tem de ser competitivo. Os armadores botam sua carga onde é mais barato e aqui sempre houve problema de taxas elevadas”. E concluiu:
– Estou aqui para assumir um compromisso de termos um diálogo direto. Acredito poder fazer a diferença, principalmente nessa parte estrutural. Meu gabinete em Brasília estará aberto para vocês levarem as demandas e será um pedaço da cidade de Rio Grande, São José do Norte e da nossa região sul que, se não mudar de rumo, estará fadada a se extinguir. Tenho muitos amigos que já foram embora para Santa Catarina.
Lindenmeyer fala em movimentar a construção para combater o desemprego
Dia 23 de setembro, o ex- prefeito Alexandre Lindenmeyer, do PT, que disputa uma cadeira à Câmara dos Deputados, foi o primeiro a ser ouvido nas entrevistas do Sinduscon. Iniciou observando que a Metade Norte do Rio Grande do Sul possui 29 deputados federais e a Metade Sul apenas dois: “Dia 2 estaremos decidindo que país e que estado queremos, quais políticas serão implantadas”. E declarou: “Um dos grandes problemas que vemos hoje no país refere-se à questão do emprego. Nos últimos anos passamos de 6 milhões para 13 milhões de desempregados e isso não é diferente em nosso estado e em nossa região. Basta vermos muitos estabelecimentos comerciais fechando as portas e a desaceleração da construção civil, que é um dos grandes geradores de emprego e renda no Brasil. Há questão de uma semana ou um pouco mais tivemos a notícia que o Governo Federal reduziu em 95% o orçamento destinado à construção popular e não há política de incentivo de qualificação das moradias já existentes. Em 2015 tivemos investimentos de R$ 21 bilhões em construção habitacional. Em 2016 os recursos baixaram para menos de R$ 8 bilhões. Ano passado esses mesmos investimentos estavam em apenas R$ 800 milhões. A Casa Verde Amarelo resultou em pouco mais de 25 mil unidades/ano, enquanto antes eram 500 mil unidades/ano. A rede de qualificação de moradias já existentes foi uma de minhas metas na Prefeitura do Rio Grande, que tinha o programa ‘Construa no seu terreno’. Da mesma forma, quando falamos em construção civil, tivemos o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com investimentos contínuos no município em saneamento, esgoto pluvial e cloacal, pavimentação de vias, ciclovias, calçadas com acessibilidade e construção de novas escolas. Buscamos zerar o déficit na educação infantil, unidades básicas de saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), demandas que faziam parte de um programa para todos os municípios brasileiros, que geravam emprego na área da construção”.
O candidato petista lembrou a duplicação da BR-392 feita nos governos do PT, bem como o entorno de Pelotas e a assinatura pela presidente Dilma Rousseff, do Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental para o projeto da ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte. “Dependendo do governo que tivermos a partir de 2023 vamos retomar as políticas desenvolvimentistas como o PAC. E vamos atacar diretamente o problema que temos hoje, que é o desemprego. Esses PAC são uma das alternativas para isso. A ligação a seco pode ser alternativa para alavancar o desenvolvimento em toda a área litorânea, beneficiando nossa economia e nosso potencial turístico”.
O ex-prefeito lembrou que, nos governos do PT, as grandes obras do Governo Federal não se resumiram à nossa região: ”Tínhamos até 2014 a projeção de que a Ferrovia Norte-Sul, vinda de Panorama até Rio Grande, seria para nós uma linha tronco para trazer grãos até nosso porto e levar outras cargas daqui para lá. Falando em ferrovia falo em construção civil e os governos do PT também implantaram uma indústria naval pujante. Nossa cidade estava na frente da fila de construção dos aeroportos regionais, que permitiria até oito aeronaves na pista, do tamanho dos aviões da Azul. Era o cenário que se projetava para Rio Grande e que mudou de uma hora para outra por questões políticas”.
Lindenmeyer condenou a construção de navios e plataformas de petróleo na Ásia, transferindo a geração de empregos e de impostos para aquele continente: “Temos de restabelecer o conteúdo local, que irá beneficiar toda a cadeia metal-mecânica e o setor da construção. A Petrobras prevê investir até R$ 300 bilhões na exploração do pré-sal até 2030. Penso que o estado pode ser indutor do desenvolvimento planejado, gerando emprego, renda e beneficiando a construção civil. Tem os projetos dos parques eólicos, da termelétrica e quando se fala em economia se fala em energia. No fundo o que está por trás das guerras é o interesse energético. Alguém achou armas químicas no Iraque? O interesse era o petróleo”.
Sobre a importância da termelétrica para a construção civil, o ex-prefeito observa que na operação dela serão apenas cerca de 40 pessoas, mas a construção do empreendimento necessitará de cerca de 1.600 trabalhadores, além de que a termelétrica funcionando deverá proporcionar uma arrecadação de ICMS em torno de R$ 160 milhões/ano a R$ 180 milhões/ano. E o gás será um atrativo para a retroárea de Rio Grande receber investimentos, tornando-a mais competitiva. Para ele, a concessão para o grupo Cobra, que substitui o grupo Bolognesi, é possível. “Tem de ter uma solução política”.
Sobre a falta de representatividade política do município e região, assim se pronunciou o entrevistado: “O que seria mais importante? Investir todo o recurso disponível para concluir a duplicação da BR-116 (Porto Alegre a Pelotas) ou colocar esses recursos na nova ponte do Guaíba? A ponte era um gargalo, mas não tinha risco. Se o recurso é finito, investe primeiro na duplicação, mas preferiram duplicar a ponte para atender alguns políticos de fora da nossa região. Enquanto isso, a obra da BR-116 segue em passo de tartaruga”.
Indagado sobre a necessidade do município ter um plano diretor atualizado para receber investimentos, o candidato à deputado federal pelo PT assim se manifestou:
– O Projeto Junção, autorizado dois dias antes de Dilma sair do governo, viu os recursos reduzidos em dois terços no ano seguinte e depois não havia uma vigésima parte do previsto destinada ao programa. São 1.200 famílias morando na área ribeirinha, sem saneamento, esperando pelas casas até hoje. E quando temos recursos federais com juros muito baixos e não prioriza; quando abre a mão e perde o programa habitacional para a Dom Bosquinho, com quase R$ 80 milhões garantidos, são questões que envolvem uma qualificação do plano diretor, mas são oportunidades que não se pode perder e se perde. A gente pode ter divergências políticas, mas não podemos perder o que é de interesse da comunidade. Temos problemas com o plano diretor, mas também tem essas questões políticas e quem perde é a comunidade.
Sobre educação: “A educação pública sempre foi prioridade em nosso governo. Melhoramos todos os indicadores da educação no município que, até os últimos dois anos, foi modelo de excelência. Acredito na educação pública de qualidade e não necessariamente que tenha de ser escola cívico-militar”.
Sobre investimentos no município: “Conseguimos trazer para Rio Grande a escola do Sest-Senat, praticamente pronta, e mais um centro de iniciação ao esporte. Muito se arrecadou por conta do desenvolvimento econômico em função do Polo Naval. Temos de pensar no desenvolvimento regional e preparar a cidade para o ‘boom’. Na mudança do governo Tarso para Sartori, a Corsan tinha R$ 16 milhões para investir até a rua Saturnino de Brito e se perdeu esse recurso, assim como o do parque eólico para o Povo Novo. Rio Grande tem polo logístico, alimentar, indústria química, a pesca, cujo setor precisa ser rediscutido. Aqui é a área mais piscosa, mas a indústria está em Santa Catarina. Temos de trabalhar na atração de mais investimentos, que gerem empregos. Lembro que a indústria naval gerou empregos em toda a região e também em outros setores da cidade, como o comércio e a prestação de serviços”.
Ao concluir, Alexandre Lindenmeyer disse que “termos um deputado federal será uma oportunidade extraordinária. Não tenho dúvidas que vamos ter uma votação significativa não só em Rio Grande, mas nas demais regiões do estado. Penso que Rio Grande tem capacidade para eleger ao menos dois deputados estaduais e Halley poderá ser um deles. Da outra vez ele fez 22 mil votos em Rio Grande, numa época difícil em que o Lula estava preso. Hoje ele é candidatíssimo. Assim como o Edgar Pretto vem subindo (para governador do estado) e estamos esperando chegar ao segundo turno aqui no Rio Grande do Sul. Também Olívio Dutra foi um grande governador e tem condições de nos representar no Senado Federal. E lá em Brasília meu gabinete vai estar como um escritório avançado das demandas de Rio Grande, da nossa região e do Rio Grande do Sul”.
Augusto César e Júlio Lamim falam na necessidade de qualidade na representatividade
Também no dia 23 de setembro os candidatos do União Brasil a deputado estadual, Júlio Lamim, e a deputado federal, Coronel Augusto César expuseram seus planos no Sinduscon. Este último foi o primeiro a falar: “A Zona Sul precisa de mais representatividade na Assembleia Legislativa e Câmara Federal e é mais fácil votar em mim e em Júlio Lamin, porque em 2018 nosso partido elegeu deputado federal com 30 mil votos, enquanto o MDB precisou de 86 mil votos e o PT de 90 mil votos. É fato e contra fatos não há argumentos”.
Augusto César lembrou que sempre valorizou a cidade do Rio Grande. Quando comandante do 6 GAC, o Exército contribuiu com obras no pátio de caminhões do Tecon, com o alargamento da Via 1 e no Chuí com a doação de um terreno para construção de um grande posto de saúde e a presença da Engenharia do Exército, de São Gabriel, para a abertura de estradas naquele município fronteiriço. E falou que, entre seus objetivos, caso eleito, irá beneficiar a construção civil, pois seus projetos visam a construção da ponte entre Rio Grande e São José do Norte, a duplicação do lote 4 da BR-392 e a estrada de Santa Izabel. Sobre a travessia a seco com São José do Norte, o candidato do União Brasil adianta que a obra está orçada em cerca de R$ 320 milhões, menos que custou o contorno de Pelotas (R$ 350 milhões) e salienta que ela “mudaria a realidade da cidade e região”. Aproveitou para dizer que “Pelotas recebe mais recursos porque tem mais deputados. Por isso é importante votar em candidatos do Rio Grande”.
O candidato à deputado federal faz questão de esclarecer: “Falam que não sou de Rio Grande, mas moro aqui há 18 anos e outros candidatos daqui onde moraram nos últimos anos? Vamos parar com essa criancice”. E diz que “o Governo Federal trabalha com licitações o ano todo e lá nunca teve licitação alguma referente à ligação a seco e hoje conseguimos que saísse o estudo para viabilidade técnica. E saindo a ponte, sai a duplicação da BR-101 quase que de imediato, se eu estiver em Brasília e ainda mais se Bolsonaro for eleito. Vou me amarrar no Ministério da Infraestrutura e só saio de lá de tiver orçamento para a travessia a seco. Sou de brigar pelo que acredito e não iremos para Porto Alegre e Brasília arrumar cargos para amigos ou parentes, mas para trabalhar por Rio Grande e região”.
Júlio Lamim, candidato a deputado estadual pelo União Brasil, assim se manifestou: “Rio Grande sofre há muito tempo por incompetência de seus gestores. Não falta dinheiro, mão de obra, tecnologia nem atrativos. Falta é interesse da nossa classe política para trabalhar. Podemos mostrar a diferença que se pode obter quando se trabalha sério e com dedicação. Tem candidatos que lançam seus nomes para a deputação sem esperança de serem eleitos, sem perspectivas, mas para obterem benefícios pessoais. Alguns até lavam dinheiro e Rio Grande precisa de pessoas comprometidas. Tenho facilidade para falar porque sou vereador há um ano e meio e sou o vereador mais econômico. Já devolvi para a Prefeitura mais de R$ 200 mil. Tem lei de minha autoria de transparência em obras, gestão e fiscalização nos postos de saúde, lei para uso de veículos oficiais exclusivamente para a Prefeitura, leis voltadas para o social e de caráter comunitário. Muitos de nossos problemas é por incompetência de quem já teve sua oportunidade. O lote 4 não ser duplicado é uma vergonha. Os investimentos não vem para Rio Grande, mas esses políticos estão todos bem de vida. Problema não é falta de representatividade, mas de qualidade na representação. Sabemos do déficit habitacional no município e deveriam facilitar o alvará para o investidor. Nossa zona industrial tem uma taxa de ocupação de 50% e o Distrito Industrial poderia ter o dobro de ocupação, mas quem decide é Porto Alegre, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento e vamos lutar para descentralizar, decidir aqui. Tive relatos de empresários que foram consultar em Porto Alegre e lá foram encaminhados para o Norte do estado. Vemos grupos políticos no Poder há muitos anos que não resolveram nada e agora prometem. O voto consciente evita muita dor de cabeça. Vejam o que eu e Augusto Cesar fizemos e quero ampliar meu trabalho com eficiência. Não estou político por dinheiro, tanto que doo um quarto do meu salário. Quem compara, vota’’.
Augusto Cesar, por sua vez, diz que “com a idade, a gente começa a não ter paciência. Não dá para um camarada se eleger em 2012 tendo como principal bandeira a valeta zero e, passados oito anos, a cidade estar lotada por valetas. Aí diz que vai trazer de volta o Polo Naval. Não tem credibilidade”. Também criticou a situação do loteamento ABC 10, no Cassino, que ainda não tem infraestrutura. “Se fosse uma empresa os responsáveis estariam presos”, observou: “Essas coisas irritam a gente e temos de denunciar. Falo até para os candidatos: ‘Não façam isso. Não mexam com os sonhos das pessoas”.
O que mais disse Júlio Lamin, candidato à deputado estadual:
– Nossas universidades são subaproveitadas e os projetos de extensão quase inexistentes. Exemplo o transporte coletivo. Existem na Furg vários engenheiros de tráfego e Rio Grande, inexplicavelmente até hoje, não tem aplicado o plano de mobilidade urbana. Temos a Furg, a Anhanguera e tudo na cidade é feito pela cabeça dos políticos. O vereador pede, o secretário não tem conhecimento, mas decide. Rio Grande é uma cidade muito amadora. Enquanto não se buscar opinião de quem sabe, que o secretário não é dono do mundo, vamos ter uma dificuldade muito grande e a gente subaproveita nosso desenvolvimento, o turismo. Gente que não tem a menor noção do que é melhor para a cidade, de como facilitar a vida do cidadão. Por isso digo: o problema não é a representatividade. É a qualidade dessa representatividade. Quando cheguei na Câmara de Vereadores pedi o mapa das ruas calçadas da cidade. Para minha surpresa não tinha. Agora fizeram e mandaram para mim. Precisamos educar as pessoas para o mundo e Rio Grande está dominada por facções. Educação é a base de tudo e muito tem a ver com o Estado. Temos problemas na saúde, doenças, criminalidade e isso tudo é falta de qualidade de representatividade. Democracia é isso. Conversar para achar o melhor caminho e ter o sentimento de melhor para a cidade. Pesquisem meu passado e o do Augusto César, o que já fiz. Estou à disposição da comunidade para trabalhar pelo coletivo, pelos interesses da cidade e região na Assembleia Legislativa’’.
O que mais disse Augusto César, candidato à deputado federal:
– A escola Cipriano Porto Alegre, na Henrique Pancada, já é uma escola cívico-militar. Foi um trabalho meu e do Júlio Lamim. Também pleiteamos uma para São José do Norte, mas lá nenhuma direção de escola quis. Considero a educação no município calamitosa. Para começar, não tem vagas para todos que querem estudar em Rio Grande, principalmente no ensino médio. De que adianta ensino profissionalizante quando as pessoas não sabem ler e escrever? O Júlio Lamim já trouxe uma escola cívico-militar para cá. Eu vou lutar para trazer um Colégio Militar. Por outro lado, agora, véspera de eleição, se vê algum movimento para duplicar a ERS-734 em 200 ou 300 metros. Espero que a obra continue após as eleições. Sou candidato à deputado federal e o Júlio Lamim à Assembleia Legislativa. Não temos nenhum outro interesse. Tenho 60 nos, nunca fui corrupto, somos ficha limpa . Fico chateado quando dizem que o coronel quer mais dinheiro. Não sou rico. Sou Coronel da reserva, recebo salário do Governo Federal. Se eleito, não posso acumular salário. Ou ganho o salário de Coronel ou o de deputado. O que me move é a vontade de fazer o que acho certo. Me considero preparado para tal. Tenho preparação técnica e moral, assim como o Júlio Lamim. Desculpa parecer às vezes um pouco agressivo, mas não sou agressivo. É que não suporto mentira. Só prometo o que posso cumprir e vou lutar para trazer um hospital público federal para resolver o problema da Saúde, já que a Santa Casa está praticamente falida. Aqui temos a Furg, o 5 Distrito Naval, o 6 GAC, quartéis do Exército em Pelotas e Jaguarão e o Rio Grande do Sul tem um hospital geral militar em Porto Alegre e outro em Santa Maria. Poderíamos ter aqui um hospital militar e que também poderia atender o SUS, mas uma coisa é um Coronel da reserva pedir, outra é um deputado federal fazer a solicitação. Preciso de mandato para tratar das demandas da região diretamente em Brasília.
Rogério Gomes fala que seu partido tem a vantagem de eleger deputado com menor número de votos
“Hoje Rio Grande e região estão órfãos de representação na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Isso é muito ruim para quem deseja que a região se desenvolva. Já chegamos a ter dois deputados estaduais, hoje não temos um eleito e não podemos ficar mais quatro anos sem representação, pois isso se reflete em todos os setores: saúde, educação, segurança e infraestrutura”. Com essas palavras o candidato a deputado estadual pelo Podemos, Rogério Gomes, iniciou seu pronunciamento no Sinduscon.
‘‘Acho que tudo passa pela lupa. Necessidade de melhores condições às escolas estaduais, hoje precárias fisicamente. Somente isso já movimentaria o setor da construção, que representa um percentual importante do PIB na economia brasileira. Precisamos de representatividade para acompanhar a situação da termelétrica, pois a gente vê pressão política no entorno que quer outro leilão, abrindo espaço para outras regiões levarem o empreendimento para fora do estado. A deputada Any Ortiz tem trabalhado muito forte e, se eu for eleito, iremos trabalhar muito forte juntos. Tive a oportunidade de estar à frente de três secretarias municipais: a SMA, com Janir Branco; a SMOV, com Fábio Branco: e a SEC com o PT. Sempre contribuí e torço para que Rio Grande tenha representantes. Temos muito bons candidatos à Assembleia e Câmara dos Deputados. O deputado federal tem direito a R$ 15 milhões/ano em orçamento aberto”.
Rogério Gomes entende que ‘’o município avançou bastante na parte de desburocratização, fundamental para a construção civil. Quanto mais licenciamentos puderem ser via secretaria, melhor. Vi aqui que na SMCP, por exemplo, existe tentativa de melhorar o fluxo de projetos e penso que a demora na aprovação de projetos afugenta o empreendedor’’.
Respondendo ao diretor do Sinduscon, Evandro Coradi, sobre algum projeto para as empresas ficarem aqui e não irem embora do estado, o candidato á Assembleia Legislativa respondeu:
– Na minha concepção o Rio Grande do Sul tem de rever a carga tributária. Hoje vemos o enfraquecimento da nossa indústria pesqueira e fortalecimento da indústria pesqueira em Santa Catarina. O Governo do Estado tem de facilitar os licenciamentos, investir em estradas, ter uma carga tributária menor com retorno maior, pois o empresário só vai investir seu dinheiro onde tiver retorno.
No final, Rogério Gomes agradeceu a oportunidade de falar sobre suas propostas no Sinduscon e reforçou a importância para Rio Grande e região terem representante na Assembleia Legislativa. Salientou que ‘’dentro de nosso partido temos uma vantagem que os outros não tem; a possibilidade de elegermos deputado estadual com apenas cerca de 20 mil votos. Nenhum outro partido tem essa vantagem’’.
Jair Rizzo: a bandeira da ligação a seco, a defesa do litoral e de toda a Metade Sul.
O candidato à Câmara Federal pelo PSB, Jair Rizzo, ouvido na sexta-feira, 23, disse que vai representar Rio Grande, São José do Norte, a região da península e toda a Metade Sul caso obtenha a eleição. “É do conhecimento de todos o trabalho que desempenho há décadas. Uma de minhas metas será a defesa do projeto da ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte que, uma vez concretizado, vai mudar totalmente a configuração da nossa região. Digo que depois da obra dos Molhes da Barra, há mais de 100 anos, este é o maior projeto de infraestrutura da nossa geração. Rio Grande, São José do Norte e a Metade Sul estão com as cortinas arriadas, mas com esta obra teremos o desenvolvimento turístico, a expansão portuária. Somos o único porto do Brasil com espaço físico para dobrar de tamanho no mesmo canal. A licitação do Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental (EVTA) do projeto da ligação a seco foi vencido pela empresa Ecoplan e será uma ponte do Regatas ao Arroio do Laracha, no vizinho município e, uma vez eleito, teremos condições de colocar, com o apoio da bancada gaúcha com quem nos reunimos ano passado, R$ 100 milhões no Plano Plurianual de 2013 para este projeto, orçado em R$ 400 milhões. Consideramos este valor uma gota dágua para a União e a construção civil será beneficiada com os empregos que serão gerados e depois teremos os impactos positivos com o turismo e o desenvolvimento portuário”. Segundo o candidato, a ponte, no estilo canivete, encurtará a distância de Rio Grande com Torres e Osório, no Litoral Norte, em 110km. No EVTA não consta só a construção da ponte, mas também o acesso à ponte e, ainda, as adequações na BR-101 referentes ao acostamento e recapeamento asfáltico.
Rizzo comentou que outras questões, como a dragagem do canal de acesso ao porto ou a duplicação do Lote 4 da BR-392, “são gargalos que emperram o desenvolvimento da região e vai depender de termos um deputado. Não só para tratar da infraestrutura para a região, mas existem recursos superiores a R$ 20 milhões em emendas para cada parlamentar. A bancada gaúcha tem R$ 1,5 bilhões por ano para projetos estruturantes e gostaria que fossem aplicados recursos também no novo hospital da Furg. E se o Governo não tem recursos para iniciar a licitação do Lote 4, que sejam feitas as obras de arte (viadutos) no entroncamento e o restante vai se fazendo conforme formos conseguindo os recursos. Nosso foco é ter projetos dessa magnitude que alavanquem o desenvolvimento e que nossos filhos e netos fiquem aqui e transformem o conhecimento adquirido em nossas universidades em crescimento para a região”.
Jair Rizzo defende “escolas em tempo integral, onde a criança sai alimentada, estuda pela manhã e, à tarde, participa de atividades esportivas e de inclusão e só vai para casa dormir. Todos os países que investiram em Educação, que saíram de uma guerra, hoje são potências porque fizeram esse investimento. Aqui em Rio Grande, na Câmara Municipal, me instruíram a votar contra 35% de recursos para a Educação, mas votei a favor. Era uma emenda à lei orgânica e fui crucificado por ter sido favorável. E fui autor da lei que garantiu o passe escolar para estudante de cursinho e tenho requerimento de passe livre para os estudantes no Brasil. Essa será uma bandeira que vou levar para Brasília”.
Sobre o setor da Saúde, Rizzo disse que “é um drama para as famílias que precisam de leito hospitalar e também o que aconteceu com a Beneficência Portuguesa e a Santa Casa. Defendo projeto de construção de um novo hospital no Campus Carreiros com 100 leitos e pista de pouso para helicóptero e maternidade neonatal. Seria um investimento em torno de R$ 150 milhões”.
Sobre o plano diretor do município, o político do PSB defendeu “junto com as entidades trabalharmos unidos para adequar à realidade”. Aproveitou para dizer que conseguiu com o deputado José Stedile emenda de R$ 1,5 milhão para pavimentação da rua República do Haiti, enquanto no esporte colaborou com o posto de saúde da Vila Eulina. Lamentou que “praticamente eliminaram os campos de futebol de onze na cidade. Por isso, não temos mais tantos jogadores formados aqui. No esporte o projeto para uma praça esportiva Porto da Vila está feito e vai ter playground. Será uma obra muito importante para a nossa garotada”.
Ao finalizar, assim se expressou o candidato à deputado federal:
– Saí do internato do Assis Brasil, morei no bairro Buchholz por 40 anos. Estudei na escola Buchholz e fui criado com muita dificuldade. Minha família era muito pobre. Quando meu filho reclama digo que vou dar para ele café com farinha, como eu comi. Com 12 anos eu já estava trabalhando na construção civil. Com 14 estava no mar, pescando. Arrastava camarão e conheci todo o entorno da cidade desde o início do porto, no Parque, até a Várzea, em São José do Norte. Tive a honra de ser vereador por cinco mandatos e secretário municipal de Habitação. Hoje sou presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e disputo essa eleição não por ego, mas pensando no coletivo, em querer ver nossa cidade se desenvolver e que a Metade Sul deixe de ser chamada assim, porque quero desenvolvimento para todo o Rio Grande do Sul, não só para a Metade Norte, que tem 28 deputados e cresce cada vez mais, enquanto aqui nós encolhemos por não termos representantes. Vamos instalar em Brasília um gabinete da cidade do Rio Grande. Vamos lutar pelo porto, a termelétrica, o Lote 4, a construção do novo hospital da Furg, mais escolas em tempo integral, mais creches. Também pela valorização dos profissionais da Saúde. A pandemia mostrou o valor desses trabalhadores, que necessitam ter uma redução de jornada de trabalho e um piso salarial decente”.
“Repolhinho” fala na necessidade de buscar recursos nas esferas estadual e federal
O vereador “Repolhinho”, candidato a deputado estadual pelo PSDB, foi ouvido no Sinduscon na manhã de segunda-feira, 26. Ao concordar com o presidente Airton Viñas, sobre a necessidade de se construir um viaduto no lugar da rótula da Junção, ele concordou. “Mas para isso precisamos ter representante no parlamento. Outra obra que consideramos importante é a duplicação da Roberto Socoowski para desafogar o trânsito naquela região”. Também lembrou que a duplicação da ERS 734, entre o Trevo e o Cassino, foi feita pela governadora Yeda Crusius, de seu partido, e considera a situação do Lote 4 “um absurdo pior que a Junção e será uma luta nossa. E para a ligação a seco com São José do Norte “temos de ter força política. Hoje o candidato de Rio Grande que tem força é do PSDB, junto com o governador no mesmo partido, e Júlio Redecker, que está engajado conosco”.
“Repolhinho” disse que “Rio Grande precisa de um representante estadual e outro federal para fazer nossa cidade crescer, principalmente na área da construção civil. Tínhamos o prefeito de Rio Grande, que era representante na Assembleia Legislativa, mas veio para a Prefeitura e a cadeira na Assembleia ficou vaga. Temos 160 mil eleitores e vemos as coisas indo para as outras cidades porque não temos representante. O vereador tem uma atuação limitada dentro do município e o deputado estadual já tem as pernas mais longas e poderei ser o único deputado estadual de Rio Grande que tem a seu lado o governador Eduardo Leite. O porto de Rio Grande é uma máquina, mas precisamos que alguém chegue no governador e mostre o que o porto está sofrendo. Há muitos anos atuando na Câmara Municipal sei do que Rio Grande precisa e peço à comunidade de Rio Grande e da Zona Sul para que foquem em representantes da região. Que as pessoas consigam encontrar o seu deputado na esquina, no futebol, que fale a nossa língua”.
O candidato tucano observa que o prefeito não pode sozinho resolver todas as questões do município. “Os bairros são carentes, precisamos de mão de obra qualificada, as empresas querem se instalar em Rio Grande, tem a termelétrica e tudo movimenta a construção civil. Se formos eleitos no domingo, na segunda-feira já estaremos trabalhando por Rio Grande e a Zona Sul e acredito que poderíamos ter dois deputados estaduais e um federal”.
No final, “Repolhinho” assim se expressou:
-Só tenho a agradecer o convite para mim e o deputado Júlio Redecker (também entrevistado por vídeo). Conheço as deficiências de nossa cidade e região. Sou o único candidato do PSDB em Rio Grande e peço que a comunidade se foque em candidato da cidade. Precisamos de saúde, educação, infraestrutura, segurança, trabalho e tudo isso se consegue com representação política. Rio Grande precisa de um deputado estadual e um deputado federal, porque quem vem de fora pega nossos votinhos, mas só volta daqui há quatro anos. E dá para fazermos parceria com o governador Eduardo Leite. Vamos chegar juntos na Assembleia para defender sua família e a comunidade de Rio Grande. A eleição será domingo e na segunda-feira já vou trabalhar em, cima dos projetos que tratamos aqui.
Redecker fala em defender a termelétrica
O deputado federal Júlio Redecker, candidato pelo PSDB à reeleição e que faz dupla com o vereador “Repolhinho” neste pleito, se dirigiu ao Sinduscon Rio Grande pela internet. Falou de questões importantes para a comunidade e a própria economia gaúcha, como o porto e o pedágio que aumenta o custo dos fretes. Também disse que tem uma relação próxima com a Fiergs e os Sinduscon de todo o estado. “Hoje sou representante da indústria de calçados e sinto a concorrência do porto de Itajaí. Ao mesmo tempo, o empresário tem que ter mais competitividade e temos de trabalhar para reduzir o chamado Custo Brasil. A Termelétrica é uma pauta do meu mandato, que já venho trabalhando. Conheço o projeto de regaseificação e precisamos de uma alternativa para a oferta de gás da Bolívia. Vejo que Rio Grande tem possibilidade de receber o empreendimento e há possibilidade do gás ir de Rio Grande até o porto de Santa Clara e dali atingir o mercado consumidor entre Porto Alegre e a região de Caxias do Sul”.
Redecker salientou que o vereador “Repolhinho” encaminha para ele os pleitos de Rio Grande e região em nível federal e destacou a importância para o município ter o atual vereador como representante na Assembleia Legislativa. Considera que “essa eleição será o reconhecimento pelo trabalho de vários anos que ‘Repolhinho’ vem fazendo na cidade de Rio Grande”.
Halley irá lutar pelo desenvolvimento econômico
Também na segunda-feira, 26, o candidato do PT à deputado estadual, Halley Lino de Souza, foi ouvido pela diretoria do Sinduscon Rio Grande. Inicialmente, ele informou que é advogado há mais de 20 anos e o escritório do qual é sócio possui uma carteira de 32 mil clientes com abrangência regional, mas sempre militou na política. Na última eleição ele ficou na suplência do PT com 24 mil votos e está muito motivado com a receptividade que está encontrando em Rio Grande e região. Adianta que focará nos principais problemas da região, priorizando o desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda. “Temos de ter claro que a construção é um importante setor da economia e quando Lula foi presidente tivemos um bom problema que foi a falta de cimento e aço devido às inúmeras obras realizadas naquele período, que movimentaram a construção, como por exemplo o programa Minha Casa, Minha Vida. O Brasil com Lula chegou a um crescimento semelhante ao da China, de 7% ao ano. Temos que voltar àqueles tempos e ninguém vai construir se não tiver a Caixa Federal, o Banco do Brasil e o BNDES a serviço do Brasil”.
Halley lembrou da movimentação com o Polo Naval, nos anos 2008 e 2009: “Quero que o Sinduscon se organize nessa perspectiva da volta do Polo Naval. Estive com Lula em agosto e ele disse que o dique seco poderá ser aproveitado novamente e que vamos voltar com o conteúdo local, ou seja, 60% da construção das plataformas será feito no Brasil. É uma política que impacta diretamente a construção e espero, se me eleger, termos uma parceria para o progresso da cidade do Rio Grande”.
O candidato à Assembleia Legislativa falou que a duplicação da ERS 734, junto com as rótulas no trajeto, a situação do nosso aeroporto e a termelétrica “são fundamentais para a cidade. Não avançamos nesse ponto porque não tivemos representação política. Não tivemos deputado que cumprisse o mandato e penso que, uma vez eleito, tem de cumprir o mandato de quatro anos. A ERS 734 é uma promessa política, que elegeu políticos por 10 anos e agora, três meses antes da eleição, colocam novamente. É positivo, mas vamos ter problemas. Como vai ser o autorama (a Integração) de lá para cá? Tem problema da iluminação. Quem está acompanhando a dotação orçamentária para a conclusão da obra? No Trevo tem um grande gargalo e as filas vão iniciar lá. E da saída da cidade até o famoso autorama (a rótula da Junção) não tenho dúvida que essa obra será tema de discussão e o deputado estadual vai ter de tratar disso. O povo de Rio Grande não quer ser enrolado. Botaram tubos agora na estrada. Queremos velocidade e não que a obra se arraste por dois, três anos. Com relação ao Lote 4 vamos ter o privilégio de trabalhar com Alexandre Lindenmeyer, nosso deputado federal. Sofrem as empresas de fertilizantes, as graneleiras, de contêineres com tudo trancado por causa que não temos duplicação. E ainda temos aqui um dos piores contratos de pedágio do Brasil. Um verdadeiro tranca-rua para a questão do porto, sem contar a construção do porto no Litoral Norte. Vamos ter de fortalecer o porto do Rio Grande, fazer o Lote 4, mobilizar os setores da economia, as forças vivas. Com relação ao aeroporto, com o final do Governo Dilma houve um processo de expansão de aeroportos no Brasil e fomos descartados nesse processo porque não tínhamos representação. Até a ponte do Guaíba foi feita primeiro que a duplicação da BR-116 para atender outros interesses que não o da Zona Sul. Talvez pudéssemos ter um aeroporto no Povo Novo. Já a termelétrica está difícil. Chupamos bala, mas não jogo a toalha. Com articulação e o presidente Lula, apoio da bancada federal podemos virar esse jogo. Hoje tem interesse do Paraná e do Nordeste em levar para lá. Vimos aqui uma omissão do Governo do Estado e o poder local muito mal articulado”.
O candidato petista prosseguiu: ”A política não se justifica se não for para a melhoria de vida das pessoas. Quando vejo Lula dizer que temos de acelerar o Brasil nos próximos anos, precisamos que a Aneel entenda que o grupo Cobra é sólido”.
Halley também falou em valorizar “nosso ativo turismo”, lembrou que foi autor de ação judicial que impediu aumento na passagem da travessia com São José do Norte e defende a ligação a seco. “Temos de fazer uma Parceria Público Privada (PPP)”. Também criticou o pedágio na BR-392 e, sobre o porto no Litoral Norte, disse que ninguém pode impedir, “mas não se pode deixar o porto do Rio Grande a pão e água”.
Em suas considerações finais, Halley concluiu:
– A verdade é uma só. Onde existe desemprego e muita gente passando fome a solução é o desenvolvimento econômico. Defender trabalhadores, o desenvolvimento econômico e a livre iniciativa são nossos compromissos. Não votar aumento de imposto, porque o eleitor já paga imposto demais, mas em Rio Grande votaram a favor da taxa de iluminação pública. Ninguém vai me ver votar contra trabalhador, nem para aumentar imposto. Na última eleição fiz 24 mil votos. Faltou pouco. Agora tenho uma campanha articulada com Alexandre Lindenmeyer que vai chegar em Brasília, e temos chance de reverter a situação difícil que Rio Grande vive. A ideia é unir força, vir no Sinduscon falar com os associados. Quero discutir um plano estratégico. Quero projetar os quatro anos de meu mandato articulado com o Sinduscon, as entidades de classe, sindicatos e vamos estabelecer as pautas. Quero estar deputado para servir a comunidade que atividade política é para isso. Também vou defender a interligação da nossa refinaria 100% com o sistema Petrobras e a ampliação da capacidade de produção de 17 mil para 25, 30 mil barris na outra margem, um antigo projeto do saudoso João Marcos Olioni, que foi presidente do nosso Sindicato dos Petroleiros.
Assessor Ique de La Rocha